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O mercado imobiliário de Presidente Prudente não vive apenas da valorização de condomínios de luxo ou de terrenos em loteamentos planejados. Um dos segmentos que mais cresce na cidade é o de imóveis populares, fortemente impulsionado por programas habitacionais como o “Minha Casa, Minha Vida”. Esse setor tem desempenhado papel estratégico ao possibilitar o acesso à casa própria para milhares de famílias e, ao mesmo tempo, movimentar construtoras, loteadoras e imobiliárias locais.

De acordo com dados recentes de incorporadoras que atuam no segmento, houve um aumento expressivo na procura por imóveis enquadrados dentro das faixas de subsídio federal. Em alguns bairros em expansão, como Parque Furquim, Jardim Novo Prudentino e regiões próximas à Ângelo Rena, o volume de lançamentos voltados ao público de renda média e baixa mais do que dobrou nos últimos três anos.

Oportunidade para famílias
Para as famílias, a possibilidade de financiar imóveis com parcelas acessíveis, juros reduzidos e apoio de subsídios governamentais representa a realização do sonho da casa própria. Em muitos casos, o valor da prestação se aproxima ou até mesmo fica abaixo do que seria pago em aluguel. Esse movimento tem incentivado jovens casais e trabalhadores autônomos a buscarem a compra do primeiro imóvel, criando uma demanda consistente e de longo prazo.

Além do fator econômico, há também a questão da dignidade e da estabilidade. “Ter a casa própria significa segurança, possibilidade de construir patrimônio e oferecer melhores condições de vida para os filhos”, afirma um consultor imobiliário que atua no segmento.

Impacto no mercado e na cidade
O fortalecimento dos programas habitacionais também tem impacto direto na economia local. O aumento da procura por imóveis populares gera empregos no setor da construção civil, movimenta fornecedores e estimula o comércio de materiais de construção. Estima-se que, para cada casa entregue, dezenas de profissionais estejam envolvidos, desde pedreiros e eletricistas até engenheiros e arquitetos.

Outro ponto importante é a transformação urbana. Novos bairros surgem, regiões antes pouco exploradas ganham infraestrutura e serviços, e a cidade se expande de maneira planejada. Escolas, supermercados, postos de saúde e transporte público acompanham esse crescimento, ampliando a qualidade de vida das comunidades.

Atenção dos investidores
Embora seja um segmento voltado majoritariamente para famílias de baixa e média renda, o mercado de imóveis populares também chama a atenção de investidores. Muitos enxergam nesses empreendimentos uma oportunidade de renda passiva, adquirindo unidades para locação. A demanda constante garante baixa taxa de vacância e retorno estável, especialmente em regiões próximas a polos de emprego.

Desafios do setor
Apesar dos avanços, o segmento ainda enfrenta desafios. A burocracia no acesso ao crédito, a oscilação das taxas de financiamento e a necessidade de maior agilidade na entrega das obras estão entre os principais entraves apontados por especialistas. Além disso, a manutenção da infraestrutura urbana em bairros de crescimento acelerado exige políticas públicas eficazes para evitar problemas como transporte precário ou falta de serviços básicos.

Perspectivas para os próximos anos
As perspectivas, no entanto, permanecem positivas. Com a ampliação do programa “Minha Casa, Minha Vida” em 2023 e as novas metas de contratação de unidades habitacionais, o volume de imóveis populares deve crescer ainda mais até 2026. Em Presidente Prudente, a expectativa é de que a cidade receba centenas de novas moradias enquadradas nas faixas de subsídio, fortalecendo ainda mais o setor.

Para o mercado imobiliário local, esse movimento é estratégico. Enquanto o alto padrão garante prestígio e exclusividade, os imóveis populares garantem liquidez e volume de negócios. O equilíbrio entre esses segmentos reforça a posição de Presidente Prudente como um mercado diversificado, dinâmico e preparado para atender diferentes perfis de compradores.

No fim das contas, a expansão do setor de imóveis populares não é apenas uma questão de números. Trata-se de um processo que transforma vidas, movimenta a economia e constrói o futuro da cidade.

Fonte: João